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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A teoria do caos

A teoria do caos afirma que pequenas mudanças nos acontecimentos podem ter ramificações gigantescas mais tarde. Se saírem de casa um minuto mais tarde, apesar de terem acabado de perder o autocarro, podem também ter encontrado o amor da vossa vida, com quem irão vir a casar, alterando para sempre o percurso da vossa vida. O meteorologista Edward Lorenz dizia que "o bater de asas de uma borboleta na Amazónia pode provocar uma tempestade em Nova Iorque no mês seguinte".




Porque será que os cientistas conseguem prever o movimento dos planetas para centenas de anos e não conseguem fazer a mesma coisa para o estado do temo no próximo mês? No entanto, tanto os planetas como as moléculas do ar seguem as mesmas leis da física. Conhecer as leis que governam um sistema nem sempre significa prever a sua evolução. Há sistemas, chamados caóticos, que são bizarros e imprevisíveis, e que os físicos tentam estudar com a teoria do caos.
Caos é um nome um pouco enganador neste caso. Não se refere os fenómenos caóticos como acontecimentos selvagens, imprevisíveis ou desprovidos de estrutura. Os sistemas caóticos são deterministas, por isso se souberem o ponto de partida exacto, eles são previsíveis e também reprodutíveis. Mas o contrário já não é possível, visto há inúmeras possibilidades para o resultado final. Isto acontece porque uma diferença, ainda que mínima, das condições iniciais amplifica-se desmesuradamente e leva a evoluções completamente divergentes. Isto é familiar aos meteorologistas, visto que, por exemplo, se a temperatura do vento for apenas um bocadinho diferente daquilo que eles estavam a pensar, as suas previsões poderão estar completamente erradas e vir acabar, não com um ciclone, mas com um chuvisco. Por isso o trabalho dos meteorologistas não é fàcil. Também o crescimento de uma população de organismos, em certas condições, se pode tornar caótico e imprevisível.


Origem
 A teoria do caos foi desenvolvida nos anos de 1960 pelo matemático e meteorologista americano Edward Lorenz. Ao usar um computador para trabalhar em modelos de clima, Lorenz reparou que o seu programa produzia padrões climáticos muitíssimo diferentes simplesmente porque os números iniciais que ele tinha fornecido  tinham sido arredondados de maneira diferente. Isto tinha um efeito importantíssimo na previsão final do clima. Os modelos em que ele estava a trabalhar eram rerodutíveis, não aleatório, mas as diferenças eram difíceis de interpretar. No entanto, ele reparou que os padrões climáticos estavam limitados a um determinado conjunto, a que ele chamou "atractor".

 
 
 
As ligações entre o início e o resultado final podem ser apresentada num gráfico que mostra a gama de comportamentos que um dado sistema caótico pode exibir. Um exemplo é o famoso atractor de Lorentz, aqui representado, que faz lembrar uma borboleta.
 
 
 
O efeito borboleta
A ideia principal do caos, que mudanças pequenas podem ter efeitos percurssorescompletamente divergentes, é normalmente chamada de "efeito borboleta", devido a Lorenz ter dito que o bater de asas de uma dessas criaturas podia causar uma violenta tempestade. Esta ideia tem sido usada frequentemente pelos escritores de ficção científica, e até realizadores, como podemos ver nos filmes O Parque Jurássico, Efeito Borboleta e Do céu caiu uma estrela.

 
 
 
 "O Harry não estava lá para salvar as pessoas porque tu não estavas lá para salvar o Harry! Estás a ver, George: tu tiveste uma vida maravilhosa. Não vês o erro que seria deitá-la fora?"
Retirado de 50 Ideia Física - Frase do filme Do Céu caiu uma Estrela, 1946
 
 
 
 
 
Bibliografia: "Força e Energia", Enciclopédia Pedagógica Universal, 2ºVolume, Matosinhos, QUIDNOVI ,2002;
 BAKER, Joanne,"50 Ideia Física que precisa mesmo de Saber", Alfragide,1ºedição, Publicações D.Quixotw, 2007

http://tironas.blogspot.pt/
http://www.geocities.ws/projeto_caos_ufg/minicurso/aula4.html

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