O lançamento do telescópio espacial Hubble representa uma das mais importantes revoluções dos últimos cinquenta anos no campo da astronomia e astrofísica. Este arquétipo astronómico tem um currículo de fazer inveja a qualquer telescópio astronómico terrestre, devido principalmente à sua posição priveligiada: o Hubble encontra-se acima do manto da atmosfera terrestre e, por isso, não é afectado pelas turbulências atmosféricas, tendo assim uma nitidez de imagem acentuada.
O Hubble tem a forma de um longo cilindro com 4,27 metros de largura e 13,3m de comprimento. O espelho principal têm um diâmetro de 2,4 metros e o seu peso é de 11 toneladas. Foi colocado em órbita terrestre, a 600 quilómetros de altitude, pela nave Discovery em 1990.
Dentro de poucas semanas após o lançamento do telescópio, pelas imagens que voltavam, ficou evidente que havia um sério problema com o sistema óptico. Embora as imagens parecessem de início ser mais nítidas do que as imagens obtidas em terra, o telescópio falhou em obter um foco tão exato como esperado. Depois de vários estudos, descobriu-se que a curvatura do espelho não era perfeita. O defeito era imperceptível a olho nu, um deformação menor do que a espessura de um cabelo, que no entanto teve sérias consequência, resultando numa aberração esférica grave, que detiorava bastante a qualidade de imagem. O telescópio e a NASA foram alvos de chacota, tendo este primeiro sido comparado ao Titanic, ao dirigível Hindeburg e ao carro falhado da Ford Motor Company, Edsel.
Comparação das imagens antes e depois do reparo do espelho do Hubble |
Ao fim de mais de três anos após o lançamento, numa missão do Endeavour, os astronautas recuperaram o telescópio espacial e colocaram-lhe lentes corretoras, um "par de óculos" que finalmente tornaram a vista perfeita. Os astronautas voltaram a visitar o Hubble ainda uma segunda vez, em Fevereiro de 1996, para substituir dois instrumentos por aparelhos ainda mais sofisticados. A partir do momento em que a sua visão foi corrigida, o telescópio efectuou descobertas atrás de descobertas.
Astronautas treinando para futura manutenção no Hubble |
Fotografou tudo, deliciando tanto astrónomos amadores como profissionais, e mostrou ao público em geral como a ciência da astronomia pode ser maravilhosa e divertida. Infelizmente, o Hubble está a ficar "velhinho", e sua desativação está prevista para 2020. No entanto,imagens de nebulosas, buracos negros, estelas gigantes, supernovas, galáxias e quasares a quase 12000 milhões de anos-luz, discos protoplanetários e uma infinidade de outros astros celestes ficaram gravadas para a posteridade nos arquivos da Humanidade. O legado que este telescópio nos deixa é tão quase tão grande como aquele que lhe deu o nome, o grande cientista e astrónomo Edwin Hubble.
Nebula Planetária M2-9 |
Galáxia Espiral M1000 |
Galáxia I Zwicky 18 |
Galáxia Cluster Abell 520 (HST-CFHT-CXO Composite) |
Júpiter |
"Mystic Mountain" |
Nebulosa de Caranguejo (Combined X-Ray and Optical Images ) |
Supergigante-vermelha V838 Monocerotis |
Estrela Maciça VY Canis Majoris - Polarized Light |
"Pilares da Criação"- Nebulosa da Àguia E muito MAIS... |
O Universo onde vivemos é mesmo maravilhoso :)
Bibliografia: "A conquista do Espaço", Enciclopédia Pedagógica Universal, 6ºVolume, Matosinhos, QUIDNOVI ,2002;
http://hubblesite.org/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Telesc%C3%B3pio_espacial_Hubble
http://hubblesite.org/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Telesc%C3%B3pio_espacial_Hubble
Sem comentários:
Enviar um comentário
Escreva o seu comentário